quinta-feira, 27 de maio de 2010

O Táxi do Inferno

Como eu disse no meu post passado, eu arrasei baixando o jogo Hellcab! Me diverti horrores! Não lembrava que era tão tosco! Mas lembrava nitidamente da trilha sonora! Porém, dessa vez foi mais macabro porque a história é sobre você perder um vôo de conexão em NYC e parar dentro de um táxi maldito vindo do inferno!

E foi mais macabro jogar isso porque eu já peguei um võo de conexão em NYC uma vez. Não tive o azar de pegar um táxi maldito, porém, acho que isso foi apenas um equilíbrio cósmico porque eu tenho mestrado em pegar táxis malditos. Vou compartilhar algumas histórinhas de algumas corridas malucas que eu já tive.

Em Buenos Aires tem toda aquela desvalorização da moeda deles e tudo é baratíssimo! Ou seja, um tour de táxi pelo país inteiro não deve custar mais do que 50 dólares. Por causa disso mesmo, os taxistas lá são todos uns safados! Além de dirigirem que nem uns doidos, eles simplesmente cobram preços fechados e se recusam a ligar o taximetro! Ou seja, uma corrida que deveria custar 2 dólares, acaba saindo por 15 dólares. Mas não sou obrigado!! Depois de bater boca com uns 6 taxistas, finalmente achei um que me cobrasse o preço do taximetro.

Já em Barcelona, o taxista cobrou de mim e de mais 3 amigos meus uns 40 euros mas foi aquele city tour parando nos pontos turísticos. Só que o cara era um porre! Primeiro que a gente tava dentro do táxi e eu peguei minha máquina pra tirar uma foto de algumas paisagens. Vocês acreditam que o cara tem a pachorra de me falar “Não tira foto agora não! Ainda não é o momento! “. Monas, eu virei pra ele e falei com o meu mais rico portunhol: “queridinho, yo soy fotógrafo!”. Já não tinha ido com a cara dele. Daí, a gente saía e ele falava pra gente deixar as nossas bolsas e mochilas dentro do carro! Pra ficar de garantia e a gente não fugir pra pagar a corrida. Mas eu não sou nem um pouco obrigado a deixar minha mochila com documentos e um monte de gadgets caríssimos dentro do carro dele. E se some depois, quem paga? Mas o climax foi quando a gente tinha decidido voltar de metrô com uma galera e pedimos pra parar o tour e cobrar apenas o preço do taximetro. O cara ficou doido e queria até chamar a polícia! Infelizmente, nessa hora da discussão eu ainda estava na pista de patinação no gelo dando close com meus triple Axels-double Lutz... E, pra evitar maiores dores de cabeça, acabamos termindo a corrida com aquele imbecil.

Mas nada supera a nossa passagem por Agadyr, no Marrocos! Só o simples fato do nosso taxista não falar uma palavra de inglês já foi uma tortura. O cara só falava francês e o pior, além de não saber dirigir direito pela cidade e não ter nos levado pra nenhum ponto turístico, o cara só parava em lojas e mercadinhos que deviam ter uma parceria com a compania de taxi que ele trabalhava... Ou seja, foi uó! O mais cômico é que lá tem um lugar aonde cabras sobem em cima dos galhos das árvores pra comer as frutas. Essa árvores têm uns troncos recontorcidos que possibilitam isso. Juro pra vocês: a gente pegou um papel e caneta e DESENHAMOS a cabra e a árvore e ele simplesmente não sabia do que se tratava! E é uma das coisas mais famosas da cidade! Só que o uó é que ele não falava assim “ah, não sei aonde é isso”; ele fingia que sabia e ficava rodando sem rumo com a gente pela cidade. Detalhe que ele queria nos levar num lugar que ficava há uma hora da onde estávamos, quase perdemos o navio!

E nem é preciso ir tão longe pra ter histórias bizarras de táxis. Aqui mesmo em São Paulo, eu e meu amigo pegamos um táxi voltando da balada com uma taxista que simplesmente não sabia dirigir em São Paulo e não tinha GPS. “Você pode deixar a gente em lugar tal? Perto do metrô tal?” e ela: “Hummm... não sei aonde isso fica não, mas a gente tenta achar!”. Esse “tenta achar” foi ótimo, ainda mais com o taximetro e o nosso dinheiro correndo a solta! Cadê os taxistas de Buenos Aires com os seus preços de corrida fechados quando a gente precisa deles????

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Me and the Games

Hoje eu vou falar de um papo meio HT demais pro meu gosto! Hahaha... Mas que eu adoooroo: games! Porém, eu não gosto de qualquer jogo, non! Tem que ser jogos elegantes, de raciocínio e estratégia!

Acho que eu meio que fiquei traumatizado com os consoles de videogames dos anos 90 e, por causa disso, só jogo games para computador. Nos anos 90, não existiam memory card, ou seja, não dava pra você jogar, salvar um ponto de restauração da parte que você parou no jogo, desligar e depois religar o videogame pra começar no mesmo ponto que parou! Tinha que começar e terminar um jogo na mesma hora! E isso era muito frustrante!

E eu sou uma pessoa que sou muito afetada pelas coisas que estão a minha volta! Imagina eu jogando um jogo e começa a chover!! Minha mente começava a pensar que poderia cair um raio a qualquer hora e acabar a energia e eu ia ter que começar tudo de novo! Daí, essa pressão psicológica me precavia de terminar um jogo, porque eu ficava tenso e não me concentrava o suficiente.

Mas então surgiram os jogos de computador, que me deixam salvar o jogo a qualquer momento e, também, os jogos de estratégia! Como eu disse, gosto de jogos elegantes! Aonde você aprende coisas! So sorry, mas counter strike é uóooo! Esses joguinhos de corrida e aventura, idem!

Jogos elegantes são aqueles jogos que fizeram muito sucesso na segunda metade da década de 90. Os jogos com atores reais que você apontava e clicava em alguém ou em alguma coisa pra continuar o jogo. Pra jogar esses jogos, você tem que ter o mínimo de cérebro e ter um ótimo poder de dedução! Você visita museus, lê trechos de livros, diários e tudo está relacionado com a trama da história. São jogos que você joga com mais calma... sem pressa...

Ao invés de fases são capítulos, como se fosse uma novela, e pra avançar pro capítulo seguinte, você precisa terminar uma série de ações... e se você não termina, o próprio mecanismo do jogo faz com que você não consiga seguir adiante.

Eu estou escrevendo esse post porque simplesmente eu consegui fazer funcionar e jogar até o fim o jogo Phantasmagoria!! Esse é o problema desses jogos – por serem jogos antigos feitos pra rodar no DOS ou no Windows 3.1; a compatibilidade é muito precária. Tem que ter muita paciência pra rodar esses jogos, mas eu finalmente descobri um jeito de rodar esse jogo!

E, agora, vou listar o meu top7 de jogos de estratégia favoritos, e vocês constatarão como as histórias eram interessantíssimas e, garanto que, depois de ler essas histórias, vocês vão ficar com vontade de jogar pelo menos um desses jogos:

Gabriel Knight 2 – A Fera Interior:
Eu sou suspeitíssimo pra falar desse jogo! São 6 CDs de puro glamour! Essa é a continuação do GK1. O Gabriel é um escritor de ficção que descende de uma família de “Caçadores das Sombras” – que encara com fenômenos sobrenaturais. O jogo é de 1995 e é com atores reais. A investigação começa na Alemanha, numa cidadezinha de campo, quando começa a acontecer assassinatos por um suposto lobisomem. A história é tão complexa que acaba envolvendo o Rei Ludwig II, da Bavária – aquele rei alemão que ficou doido e construiu um monte de castelos pela Alemanha, o compositor Richard Wagner e um mórbido clube de caça em Munique. A história é dividida em 6 capítulos (1 por CD) e a cada capítulo você alterna entre o Gabriel e sua assistente: Grace. É uma coisa meio Mulder e Scully: o Gabriel é mais ativo, vai a campo e com a Grace é mais sobre pesquisas, livros, visitas a museus. Até mesmo porque ela tem um mestrado de História em YALE. E é uma novela porque a Grace meio que se mete no caso, já que ela estava nos USA. Daí ela viaja pra Alemanha as pressas e pensa que o Gabriel e a governanta do castelo aonde ele mora estão tendo um caso! Daí já viu, né? Tem todo um drama!!

Gabriel Knight 1 – Pecado dos Pais: Esse é o jogo que antecede os eventos da Fera Interior. Ele é em desenho animado, feito em 1993 e com a voz de Tim Curry no papel de Gabriel Knight. Nesse jogo, somos apresentados a Gabriel. Um escritor de meia-tigela uó, sem um centavo no banco, super mulherengo que possui uma loja de livros em Nova Orleans aonde Grace trabalha como sua assistente e balconista – detalhe que os dois não tem nenhum tipo de caso amoroso – já que Grace faz o tipo intelectual e despreza horrores o Gabriel. Ele ainda não sabe muito de suas origens e de todo esse bafo de ser descendente de uma família de “caça-assombração” porque o pai dele desertou da família na Alemanha e veio morar nos EUA. Diferente da “Fera Interior”, nesse jogo, você só joga com o Gabriel. O caso desse jogo é sobre uma série de assassinatos em Nova Orleans que foram causados por rituais de voodoo! O Gabriel começa a ficar envolvido com o caso justamente pra conseguir material pro seu livro. Daí ele fica envolvido demais e é contatado pelo seu tio-avô lá na Alemanha, que conta todo o babado da tradição da família dele. No final, o tio-avô dele acaba morrendo e o Gabriel não só herda o castelo dele na Alemanha como vira um escritor de grande sucesso nos EUA com o seu livro inspirado no caso. E também vira o mais novo “Caçador das Sombras” de sua tradicional família. Tem também o Gabriel Knight 3 – Sangue Profano; que eu também tenho mais é uó! Ele é em 3D, Tim Curry retorna pra dublar Gabriel mas o gráfico é péssimo! Todo mundo com cabeça quadrada! Ele é de 2000 e a tecnologia 3D não estava tão avançada! A história é sobre o mesmo tema do código DaVinci – mas detalhe que esse jogo foi lançado ANTES do livro!

Phantasmagoria: Esse jogo é de 1995 e você joga com uma escritora que acaba de se mudar pra uma casa com o seu marido. Detalhe que a casa é uma mansão gigante que tem fama de ser mal assombrada. E lá morava um famoso ilusionista no final do século XIX. O bafo é que todas as coisas do ilusionista ainda estão na casa! Incluindo cartas, livros, quadros e mais um monte de coisas bizarras como o próprio túmulo dele e uma sala com cadeiras elétricas e instrumentos de tortura! Ele também foi casado 5 vezes e tinha uma filhinha que morreu afogada com dois anos de idade. Detalhe que no quarto do bebê tem uma estranha nuvem de vapor voando sobre o berço, uma foto do bebê e um ursinho decaptado em cima da mobília! É teeeeensoooo!!! E a mulher começa a ter visões, assombrações... o marido dela acaba sendo possuído por um espírito maldito e temos que descobrir um jeito de escapar. Detalhes que esse jogo tem cenas de estupro e violência gráfica fortíssimas! Mas é muito digno e eu levo altos sustos quando jogo isso!!

Black Dahlia: Esse jogo é de 1998 e é filmado com pessoas reais e, ao mesmo tempo com cenários em 3D. Tem ainda Denis Hopper e Teri Garr no elenco. E ele é inspirado numa série de assassinatos de um serial-killer, incluindo o famoso assassinato da atriz Elizabeth Short na década de 40. Assim... o jogo é um bafo! Tem 8 CDs e demora dias pra você conseguir chegar até o fim, mesmo sabendo tudo o que tem de fazer do começo ao fim. Mas eu acho a história um pouco fraca, principalmente o final e também têm muitos puzzles que eu odeio! Puzzles são aqueles quebra-cabeças uós! Do tipo cubo mágico, que você tem que ficar horas montando alguma coisa... Essa parte eu acho muito complicada e peguei os cheat codes na internet! Porque eu não sou obrigado! Você joga com um investigador (a CARA do Murilo Benício!) que está num novo emprego em Cleveland – em uma divisão secreta do governo americano especializada em capturar espiões e subversivos nazistas. E, daí, a sua investigação acaba cruzando com esses assassinatos em série! E o jogo se arrasta por anos e anos... é um bafo!

Byzantine – o Império da Traição: Aqui já é uma história mais prática. O jogo é em filme, com atores reais. Mas você joga em perspectiva de primeira pessoa, ou seja, não controla um personagem. Você é um repórter que é convidado pelo seu amigo a ir pra Istambul cobrir uma história que ele tem pra contar. Chegando em Istambul você acaba no apartamento de seu amigo mas, ao invés dele, encontra a polícia: o seu amigo não só está foragido como também está sendo procurado. Você fica no apartamento e o seu amigo te liga pra combinar de se encontrar. Quando você chega no ponto de encontro, o cara está morto e você acaba virando o principal suspeito da morte dele. E ainda descobre que ele estava envolvido em uma rede de contrabando de tesouros nacionais que rouba coisas que ninguém nem sabia que existia! Pra desvendar isso, você acaba passando por palácios, mesquitas, igrejas, museus e tudo mais que está relacionado com arte bizantina, incluindo a Igreja Santa Sofia, o Palácio de Topkapi, a Cisterna Basílica! Esse jogo é uma aula de história da arte e com uma trama doidíssima!

Titanic – Uma Aventura Suspensa no Tempo: Sim! É um jogo que se passa no Titanic! Apesar desse jogo ter sido lançado em 1996, numa época pré-"Titanic – o filme"; eu comprei mais tarde; durante a minha febre do "Titanic – o filme". Porém, foi dificílimo achar esse jogo, demorei uns dois anos pra achar! Mas é bafo! Os gráficos do navio são ótimos! Mas a atuação dos personagens é péssima! Você é um agente secreto desempregado, na década de 40, que está em Londres, no meio de um bombardeio nazista! Daí jogam uma bomba no seu apartamento e isso faz com que você volte no tempo, precisamente no Titanic, horas antes de afundar. No passado, você tinha sido enviado pra uma missão lá, mas acabou dormindo e perdendo a hora e nunca encontrou o seu contato no navio. Dessa vez você encontra o contato e tem que resolver o mistério. A história é um bafo! E, dependendo de suas ações, geram vários finais diferentes! Acho isso bem legal! Porém, não há como evitar de o navio afundar, não adianta! Mas, pelo menos, você pode evitar a ascenção de Hitler no poder e as duas guerras mundiais! Não tem idéia como? Ask me how! :) hahahah

Hellcab: Esse é mais um guilty-pleasure! Na verdade, eu comprei esse jogo numa feira de informática, em 1996, porque, na capa dizia: “Guia Turístico de NYC”. Falei: “Luuushooo! Vou comprar! Custa 10 reais!”. Na verdade, o que eu comprei foi um jogo chamado Hell-Cab. Instalei o jogo na máquina, apareceu o Time Square e, de repente, o céu fica vermelho e entra uma narração: “Você está em NYC e perdeu o vôo de conexão! Tem tempo para matar! Você entra em um táxi, mas agora é tarde! Você acaba de entrar no táxi do inferno!”. Eu fiquei treeeeegeeeee! O jogo é de 1993. E, ele tenta ser assustador, mas o gráfico é tãaaaaao tosco que é cômico! E a história não tem nada a ver com nada! O taxista, que chama Raul, é um demônio (você consegue ver os olhos vermelhos dele pelo retrovisor) e ele cobra uma corrida que você não tem dinheiro pra pagar e faz você assinar um contrato lhe passando a sua alma. Daí ele te leva numa viagem pelo tempo e você acaba na Roma antiga batendo boca com o Nero, lutando com gladiadores! Depois você vai pra primeira guerra mundial, depois você vai pro tempo dos dinossauros! Até hoje eu não entendi esse jogo! Mas é muito engraçado! Aliás, minha mãe, quando teve a primeira chance, deu um sumiço nesse meu jogo. Lembrando que eu tinha 11 anos na época e esse jogo falava sobre o inferno, tinha linguagem sensual altamente provocativa e tudo mais. Mas eu dou um rim pra ter uma cópia desse jogo de novo e poder jogar mais uma vez! Rsrs

Adendo 1: HellCab foi um dos primeiros jogos em CD-ROM na história e também um dos responsáveis pela estabilização de jogos neste formato para PC.

Adendo 2: Acabo de dar um google aqui e achei Hell Cab pra download e estou baixando neste exato momento!! Já tinha tentando procurar uma vez e não consegui!! I Looooooooooove interneeeeeeet!

Bom, é isso!
Ficaram com vontade de jogar algum desses jogos??? :)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Tititi

Um dia desses, eu resolvi mexer numas caixas de tranqueiras que eu tenho aqui em casa. Peguei com a minha mãe esse costume de guardar todos os tipos de papéis que um dia eu usei. Aqui em casa, minha mãe tem todos os cadernos de faculdade e colegial que ela usava. Todos os livros do ginásio, incluindo um atlas datado da década de 70 com o mapa da União Soviética. O detalhe é que ela nunca abriu esses cadernos e livros de novo, mas está sempre ali – já nos mudamos duas vezes e todas essas tranqueiras acompanham a gente pra qualquer lugar que moremos.

Já as minhas coisas, eu costumo olhar de vez em quando. Entre provas de estudos sociais da segunda série, bilhetinhos que eu passava e recebia e outras tranqueirinhas, eu achei algumas anotações do site pirata que eu e minhas amigas mantínhamos: o Tititi Cidade Maia!

Isso foi durante o segundo ano do colegial. Eu era daquela turma descolada que não tava nem aí pra nada! Não sentávamos na frente, mas também não éramos da turma do fundão. Não estudávamos muito, mas sempre íamos bem nas provas. Preenchíamos o nosso tempo escutando música no disc-man (ainda não existia MP3 player!); líamos Marie Claire, respondíamos os testes da Capricho ou brincávamos de Stop! Não éramos do grupo dos nerds e nem dos populares, mas, ao mesmo tempo, todo mundo conhecia a gente.

Daí, um certo dia, alguém do nosso grupo falou: “Vamos fazer um site pirata anônimo de fofocas desse colégio?”. E, PAFT! – nasceu o Tititi Cidade Maia, que era o nome do nosso colégio (sem o “Tititi” na frente, óbviamente). Só que o mais engraçado desse site é que não tinham fofocas nele! Até mesmo porque a gente pouco se importava com a vida dos outros e não sabíamos de nada sobre ninguém. O que aconteceu foi que a gente fez uma lista! Que nem no Oscar mesmo! “Pior Professor”, “Pior Sapato/Tênis”, “Pessoa Mais Brega”, “Pior Acessório”, “Pior Casal”. E colocamos os cinco piores colocados em cada categoria.

Enquanto compilávamos esta lista, fomos de classe em classe, depois do horário, sem ninguém ver, escrevendo o endereço do site no alto da lousa. Tudo isso foi muito rápido! Tivemos a idéia do site e da lista na quarta, na quinta escrevemos o endereço do site na lousa e, no final de semana, colocamos o Tititi no ar com um rascunho da lista, ela ainda não estava pronta! Mas pensamos, “Aff.. deixa a lista no ar assim, por enquanto, porque a gente acabou de divulgar o site! Vai ter só uma meia-dúzia de gatos-pingados que vão acessar isso por agora mesmo, praticamente ninguém vai ver essa lista agora...”

Ledo engano...

Quando chegou na segunda, tinham pelo menos umas 20 pessoas com a lista impressa! E, essas 20 listas circulando pelo colégio na segunda, fez uma enorme propaganda do site e, na tarde desse mesmo dia, recebemos simplesmente 300 acessos! Quando chegou na terça de manhã, o colégio inteiro estava com essa lista na mão! Não se falava de outra coisa por lá! Foi um pandemônio!

Vários professores fazendo sermões na sala sobre o Tititi! Todo mundo especulando quem estava por trás do site, incluindo o diretor. E, é claro, uma enxurrada de emails dos alunos lotando a nossa caixa. Uma minoria se mostrava indignada com o site e as listas! Mas, a grande maioria não só adorou a idéia como também votava e indicava pessoas pras listas Tititi.

Detalhe também que o diretor tentou formar uma equipe de alunos com conhecimentos em informática pra tentar quebrar o sigilo do site ou rastrear o IP pra descobrir quem era. Pro azar dele, euzinho mesmo estava na equipe! Pra não levantar suspeitas. Ou seja, a tentativa de rastrear a gente, foi frustrada! Porém, mesmo que eles tivessem conseguido hackear o site e ver as informações cadastrais, não teriam descoberto a gente, porque eu preenchi o cadastro como “Fada Nada”! Hahahaha!

Aliás, como eu era um dos únicos alunos que sabia construir sites, lógico que eu era um dos principais suspeitos. E o mais legal é que cada aluno tinha uma teoria diferente! Pra uns era eu quem estava fazendo tudo sozinho! Pra outros era um menino da outra sala que mexia com computadores. Existiam uns 10 suspeitos, mas, o erro de todos foi não pensar que quem fazia o site era, na verdade, um grupo de pessoas! Isso porque, no site, estava escrito que era mesmo um grupo de pessoas e, inclusive, assimilamos cada um de nós com um personagem do Cartoon Network (eu era o Johhny Bravo! Rsrs).

Quando percebemos que as pessoas pensavam sempre o contrário do que escrevíamos no site, começamos a colocar nós mesmos no meio das listas. E isso acabou tirando um pouco das suspeitas sobre a gente. Detalhe que, até hoje, um dos meninos que mexia com informática e que tentava rastrear os autores do Tititi, ainda recebe acusações de que foi ele quem fez o site!

O que eu achava mais cômico era como as pessoas se importavam com a opinião alheia! Juro que eu nunca pensei que um site com uma lista sobre os “piores sapatos”, “cabelos”, “acessórios”, teria tanta atenção e repercussão! Não era uma coisa preconceituosa ou difamatória! Era tão idiota esse conceito da lista que a gente teve que aproveitar a chance e tirar o máximo de proveito disso. E foi cômico!

Depois de uns dois meses de caos, a gente decidiu parar de atualizar o Tititi, a história caiu no esquecimento e tudo voltou ao normal.

Mas a verdadeira identidade de seus autores, até hoje, continua incerta e obscura para todos os ex-alunos daquele pacato colégio guarulhense...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Porque eu não sou obrigado!!

Mudei o título e endereço desse blog...
Porque eu não sou nem um pouco obrigado mesmo!!!

A única coisa uó é que, por algum motivo, todos os comentários de todos os posts sumiram!! Todo mundo que comentou, por favor, comentem tudo de novo, jáaaaaaa!! hahahahaa

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Happy Birthday To Me!

Semana passada foi o meu aniversário (02/05). Completei 25 aninhos. Daí eu estava um dia desses pensando sobre a minha vida e fiquei um pouco saudosita! Hahaaa Já fiz tantas coisas, me meti em cada situação, foram tantas histórias, que, as vezes, até eu duvido!

Mas, particularmente, estava lembrando esses dias da minha carreira esportiva, que eu tinha como ginasta. Já competi em campeonatos de ginástica artística (só solo e salto, porque eu não sou obrigado a subir naquelas barras uós e nem nas argolas); ginástica acrobática (só como volante: ou seja, a pessoa que é carregada, porque eu não sou obrigado a sustentar o peso dos outros) e trampolim acrobático.

Na ginástica artística, eu não atendia muito aos padrões físicos, por ser alto - isso não me impedia de dar close. Porém, como as pessoas que me treinavam nunca me encorajavam ou me ensinavam a fazer movimentos mais difíceis, eu nunca evoluia. Mas tudo o que me foi ensinado, eu consegui executar com perfeição. Aliás, até hoje, depois de uns 2 kgs a menos e um aquecimentozinho, eu ainda consigo aterrisar uma estrela sem mãos no chão. A última vez que eu fiz isso foi em 2004 (depois de uns 5 anos parado) e não encontrei dificuldades pra fazer.. rsrs.

Na ginástica acrobática, tive uma carreira um pouco mais interessante. Primeiro que a gente podia competir com música – o que era muito close. A competição é uma mistura de ginástica artística com competição de cheerleader, sabem?! Tinha um que subir em cima do outro, era bafo. E também tinham várias categorias: dupla mista, dupla feminina, trio masculino, quarteto, etc. Eu competi no campeonato paulista de 1996 na categoria quarteto masculino. Foi um desastre!! Não conseguimos executar direito vários dos movimentos que estavam programados, porém, a gente ainda ganhou a medalha de bronze porque não tinha mais ninguém pra competir! Hahaha... só tinham 3 quartetos!

No ano seguinte, eu competi na categoria dupla masculina: eu e um outro menino (até que ele era bunitinho) que era maior e mais alto do que eu. Óbviamente que ele tinha que me segurar horrores e eu leve e solto como uma pluma nos braços dele! Um baaafooo! Detalhe que eu treinava por um colégio chamado Juvenal de Campos, que era super tradicional em ginástica artística e acrobática. Mas eu não estudava lá mesmo, só fazia ginástica. E esse menino que eu competi estudava e dava pra notar que ele não se interessava muito pelo esporte. Acho que ele só competiu pra conseguir um crédito extra na aula de Ed. Física ou algo assim.

Anyway... Além dos acrobáticos, eu salvei a série com vários elementos babados de ginástica artística... flics, mortais... e enquanto eu fazia isso, o menino ficava lá, dançando que nem um robô. Aliás, eu achei que o encontrei no Orkut há uns 6 anos atrás, tentei contato, mas ele fez carão pra mim! Acho que era ele mesmo! Rs No final, a gente ganhou a medalha de prata! A medalha de ouro estava fora do nosso alcance porque a outra dupla masculina tinha o filho da dona do colégio e a nossa técnica criou uma série com elementos mais difíceis justamente pra nós não conseguirmos ultrapassá-los, senão, ela perderia o emprego! rsrsrs

Foi uma época divertida...

Mas a minha memória mais marcante dessa época foi quando eu disputei o campeonato brasileiro de trampolim acrobático em 1997! Sim, meus caros, Diego já participou de uma competição nacional!

Eu estava disputando a categoria mini-tramp. Que é um trampolim bem pequeno que você tem que correr por uma pista, pular nele, virar um salto e aterrisar no colchão do outro lado. Eu tinha uma série de três saltos: o primeiro era uma pirueta em torno de mim mesmo: era o salto obrigatório que todos os atletas tinham que fazer e também um dos mais fáceis de todos; detalhe que ninguém conseguiu aterrisar esse salto direito!

O meu segundo salto era um mortal grupado pra frente. Ou seja, com o joelho próximo ao meu peito. Fui lá fazer e dei um passo pra frente! Bobagemm!!!! E eu iria repetir esse mesmo mortal no meu terceiro salto. Estou lá na pista para o meu terceiro salto, faço a saudação para os juízes e, antes de saltar, meu técnico chega em mim e me fala: “Diego, faz mortal carpado!!”.

Mas eu não tinha treinando 3 meses pra fazer mortal carpado (com os joelhos esticados e alinhandos a 90 graus com o meu quadril). Só tinha feito o mortal pra frente carpado poucas vezes nos treinamentos. Não estava preparado! Mas eu acho que tinha uma regra na competição na qual eu não poderia repetir o salto! Então tive que mudar!

Eu fiz e PAFT, caí de bunda... foi uó! Mas nem aí! Saí serelepe e saltitante como se nada tivesse acontecido. Não ganhei nada mas eu arrasei de qualquer jeito! Quantas pessoas podem falar que disputaram um campeonato nacional?!?! Pelo menos tudo isso me rendeu ótimas histórias pra contar.

E, quando eu tiver bem velhinho posso olhar pra trás e dizer...

“Eu tive uma vida interessante!”