domingo, 31 de janeiro de 2010

Mágoa de Patinadora

Faltam duas semanas pras Olimpíadas de Inverno!! Estou super ansioso pra ver as competições de patinação artística. Apesar de não ser um super fã de esportes, nem torcer pra time de futebol nenhum, todos estes esportes artísticos me atraem muito. Acompanho ginástica artística há mais de 14 anos. E, com o advento destas novas tecnologias digitais, codificadores de vídeo, etc; consegui por as mãos em centenas de competições dos anos 70, 80 e 90 que, até então, eram impossíveis de se encontrar - salvo nas prateleiras empoeiradas dos seguidores mais antigos do esporte, que gravavam as competições em VHS, até mesmo eu tenho algumas competições perdidas em fitas.

Ao contrário de esportes como futebol, boxe, baseball etc. Patinação, ginástica artística, rítmica, etc; são esportes mais finos, e as pessoas que o apreciam, em sua grande maioria, são pessoas chiques, dignas, com um certo nível de sofisticação e com uma inclinação para as artes... traduzindo... viados, socialites e patricinhas de plantão.

Lógico que, para toda regra existe sua excessão. Mas essa é a tendência, pelo menos no continente americano. Porque, óbviamente, em países europeus como Rússia, Bielorússia, etc, esportes artísticos como estes são vistos pelos olhos das massas com a mesma paixão que o futebol é visto por aqui. Se um menino quiser praticar ballet, na Rússia, ninguém vai chamá-lo de bixa. Aliás, eu não sei como os russos conseguem fazer isso, mas sempre que eu vejo um ginasta russo, ou um patinador no gelo russo, ou até mesmo um bailarino russo, eu simplesmente não consigo interpretar seus movimentos tão artísticos e elegantes como “femininos” ou “afetados”. Sinto até uma vibe de masculinidade demasiada por demais vindo deles. Ou ninguém se lembra do bailarino Mikhail Baryshnikov arrasando nos episódios finais de Sex and The City?

Deve ser até mesmo por causa dessa educação e incentivo à práticas esportivas mais artísticas na Europa, um tanto controversas na América; que há uma diferença monumental entre os patinadores artísticos norte-americanos e europeus. A maioria dos patinadores americanos, na faixa dos 20 e 25 anos, são verdadeiras meninas, eles dão muita pinta! Enquanto os patinadores europeus, na faixa dos 25 e 29 anos e, em sua grande maioria, casados e com filhos, são másculos - independente do colant grudado no corpo, ou dos patins combinando com a roupa, ou dos movimentos dramáticos e artísticos, ou da música tirada de uma ópera do Puccini ou de algum compositor clássico do século dezessete. Comparem a diferença entre o russo Alexei Yagudin e a bixona americana da Johnny Weir (acho ela super afronte, mas, como protetor dos animais, tô magoada com ela depois que a bee começou a usar pele nos figurinos dela).

Bom, agora vou explicar o motivo do título desse meu post. Eu tenho MUITA mágoa de não ter tido a chance de praticar patinação artística no gelo nesse país uó. Quando eu praticava ginástica, descobri o esporte muito tarde e, além disso, não tinha o padrão físico para o esporte (era alto demais). Porém, na patinação, eu não precisaria ter começado a praticar quando ainda estava no útero da minha mãe e, ao contrário da ginástica - aonde todo mundo se aposenta depois dos 20 anos de idade, poderia levar a minha carreira como patinador até a casa dos 30 anos.

Ok, Ok. Alguns vão dizer que o Brasil é um país tropical e blá, blá, blá. Mas, gatas, os centros de patinação artística não são montados sobre lagos congelados pelo frio. Em qualquer lugar do mundo, independente do clima, poderia ser construída uma estrutura para a prática desse esporte, mas, infelizmente, não há interesse e nem demanda porque a maioria das pessoas desconhecem este tipo de esporte na América. Por isso, podem me chamar do que quiser, mas, comparada ao resto do mundo, a Europa está há anos-luz em todos os níveis sociológicos e culturais possíveis.

Quando estava em Barcelona, fui eu, minha amiga racha, minha amiga biba e meu amigo hétero rachando um táxi pelos pontos turísticos da cidade. Teve uma hora que fomos arrastados para o estádio do time de futebol FC Barcelona. Eu e minha amiga biba nem queríamos ir, mas, como o nosso amigo hétero e a amiga racha queriam, acabamos cedendo. Para a minha surpresa, me deparei com uma pista de patinação no gelo que era parte do complexo. É óbvio que eu e minha amiga bee nem perdemos tempo fazendo tours pelo estádio própriamente dito e já nos jogamos no gelo!

Apesar de já ter patinado no gelo uma única vez na vida, aquela era realmente a primeira vez que eu patinava em uma pista profissional. Não era uma bacia de 6m X 15m cheia de água congelada dentro da praça do shooping Matarazzo (atualmente conhecido como shopping Bourbon), com várias partes da pista tortas e esburacadas. Era uma pista profissional gigante com a sua superfície totalmente plana.

Mesmo com um patins genérico uó, eu consegui patinar sem maiores problemas. Quinze minutos depois, eu já estava patinando usando apenas um dos meus pés. Em outros momentos quase completei um giro em espiral. Patinei por toda a extensão da pista na maior velocidade, algumas pessoas ficavam me olhando, pensando que eu ia fazer alguma coisa impressionante como puxar um triple-Lutz combinado com um triple-Axel. Mas os decepcionei. Minha amiga bee, coitada, mal conseguia se equilibrar. Lembram da cena do Bambi aprendendo a andar?? Rsrs

E eu falava pra bee, “Gata, é facinho!!! Tentaaaa”. E ela: “É super difícil!! Só é fácil pra você porque a senhora é chic, feminina e já foi ginasta!!”. E eu começei a pensar: “Será?? Será que eu tenho um talento adormecido esperando pra ser despertado?” Porque, pra mim, patinar ali era tão fácil! E foi apenas minha segunda vez! Isso sem contar que eu nem estava com um patins decente. Imagina se eu tivesse usando um patins digno, com as lâminas mais afiadas que a minha gilete mach-3 de ponta tripla que eu uso pra dar na cara das bixas tapadas?!

E, então, enquanto eu tentava ensinar a bee a se equilibrar, uma bixinha espanhola de uns 12 anos de idade passa com tudo fazendo giros em espirais e alguns saltos! Chorei lágrimas de sangue! Olhei pra ela e pensei: “agradeça por você morar na Europa, gatinha!”. Vislumbrei a minha infância como patinadora que me foi negada! Porém, sempre guardarei aquele momento em que eu compartilhei com o gelo e, quando eu morar na Europa um dia, quem sabe esse meu talento não se manifeste? Caso este seja o caso, te vejo nas Olimpíadas de Inverno de 2014, aliás, você me verá! Rsrsrs

PS1: Existem patinadores no gelo brasileiros, mas 99% deles moram e treinam fora do Brasil.

PS2: Não sei se alguém teve a paciência de conseguir ler este post até o final. Sei que eles estão gigantes! Futuramente, tentarei maneirar no tamanho deles. È que eu tenho tanta coisa pra falar que eu me empolgo! Rs

PS3: Para se aprofundarem mais no assunto, seguem dois vídeos de performances lindas.

A russa Irina Slutskaya em 2002, patinando no mundial:

http://www.youtube.com/watch?v=iiCmgBNUDRI&feature=related

(O vídeo tem 9 minutos de duração, mas, a apresentação termina aos 4. Os outros 5 minutos é só ela sentada esperando a nota, é que, nesse vídeo, dá pra ouvir a música sem as vozes dos comentaristas, que é linda... minha parte favorita é o final super dramático!! Por favor, assistam até o final da série! É lindo!

E Alexei Yagudin, na apresentação que lhe rendeu a medalha de ouro olímpica:

http://www.youtube.com/watch?v=8UFHvSWmY0c

Caso a artisticidade ainda não os tenham incentivado, seguem mais alguns motivos muito interessentes, estrelados por alguns patinadores europeus.

Stéphane Lambiel, da Suíça.

Samuel Contesti, da Itália!

Yannick Ponsero, da França!

Brian Joubert, da França também!

Então arrasem na transmissão da patinação nas olimpíadas de inverno, entre os dias 14 e 25 de fevereiro, porque todos eles estarão lá, acho super digno! E, se ainda isso não for um motivo bom, tenho mais outro pra sintonizar nas competições de patinação:

Hahahaha!!!

Smack!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Invejaaaa dessa bee

Se tem uma coisa que eu gostaria de pedir ao gênio da lâmpada era essa ... " eu gostaria que todas as coisas incríveis do mundo tivessem sido criadas por MIM".
Juro.
Juro que eu penso isso.
Quando acabo de ler um livro e achei a história o máximo, eu penso - " Por que naum fui eu que pensei nesta história antes? $%#@
Quando ouço uma música que achei o máximo, eu penso - " Por que naum pensei nesta letra antes?". $#@%
Quando fui ver Avatar neste FDS, eu pensei - " Por que eu não pensei em Blue People antes do James Cameron?". $#@%
Eu acho que é das pessoas mais simples que partem as grandes idéias.
E se tem uma pessoa simples, essa sou eu!
Simples demais pro meu gosto até.
Então agora só falta eu ser genial !
Ahhh táhh!
E é assim sempre, vivo em busca de inventar e criar coisas antes dos outros para ser mais original, mais criativa, mais legal ... tipo assim obsessão mesmo ...
Nada dark side, de querer sabotar ninguém - é só admiração pela genialidade dos outros e uma raivinha por eu chegar depois ... rs
E daí, tempos atrás eu conhecí o Diego ... e daí eu precisava moooito de alguém que me ajudasse a editar uma música e eu naum conhecia ninguém ...
E o Diego editou pra mim.
E ficou perfeita.
Linda.
E daí o Diego me deu de presente um CD com seu portfólio de trabalhos.
E só tinha coisa bacana.
Uma mais que a outra.
Fotos incríveis, vídeos que eu pensei " de onde ele tirou uma idéia tão boa daquelas?".
E daí ele arrumou um puta trabalho legal e viajou o mundo todo.
Num cruzeiro.
De grátis! Que ódiooooo!!!
E daí eu fui vê-lo discotecar e ele arrasooou nas pick-ups.
E no visual, que a bee modésta quis deixar claro que era "casual".
E daí que ele ainda discotecou MJ. Morrí.
De inveja.
Da bee.
Que onde põe o dedo transforma em ouro.
Tudo que o Diego faz é mais bacana.
Tem mais CONCEITO, como ele gosta de dizer.
Me dá uma raiva ... porque vc capricha, capricha ... e essa bee aparece assim " isso não é a minha praia" e tcharam.... arrasa.
Pra mim esse garoto tem uns 95 anos e um pacto com o Diabo.
Porque ele sabe tudo de tudo, lembra de cada detalhe e é tão novinho.
Eu vou ficar aqui , na minha constante obsessão pelos gênios e ... pelo Diego.
Lov u, bee! I see U ( tô com sindrome de Avatar ! Sorry )
Eu sei que esse blog é só UMA das coisas onde vc vai brilhar!!!!
Até Scorsese te descobrir.
E eu vou querer ser sua "escort girl" na festa do Oscar.
Really.

PS: eu amei ser comentarista aqui, mas este palco é seu!
E essa HTML tá mais minha cara básica que a sua. Troca isso já!


sábado, 23 de janeiro de 2010

Donations...

Jáviajei bastante e conheci muitos países e passei por várias situações estranhíssimas e engraçadas também. Todas estas campanhas pra ajudar o Haiti me fez lembrar de uma situação esquisita em particular pela qual eu passei.

Saio de São Paulo com destino à Miami. Depois de despedidas de amigos e família, já que estava viajando a trabalho e ficaria fora por alguns meses, entro na área de embarque, já meio num clima surreal, pois seria a primeira vez na minha vida que pisaria em terras estrangeiras. No saguão de embarque, o meu nervosismo é suplantado pela Doc Pat Foligati, que arrasa na H.Stern do aeroporto. Passei todo o tempo conversando com ela e a nervosa ainda me presenteia com uma caixa de chocolates muito afronte. Porém, minha ansiedade foi tanta que nem me deu vontade de comer doces pelas próximas horas.

Entro no avião e, 9 horas, uma lasanhinha suja da American AirLines, um suquinho mixuruca de laranja e um filminho B depois, estou em Miami.

Já chego muito numa linha business ligando pra casa e falando que tava vivo e já ligando pro hotel mandar o shuttle pra me buscar no aeroporto, porque eu não sou obrigado a pagar táxi. O hotel era bafônico! Um luxo total, depois de um banho, já vou dar close pelas imediações. Aquele lugar parecia que estava morto! Fiquei numa parte muito uó de Miami. Não se via pessoas... parecia uma cidade abandonada. Depois de muito peregrinar, acho um Wall-Mart. Lindamente entro pra fazer compras porque tinha esquecido de comprar um monte de coisas no Brasil..

Porém, minhas habilidades com a língua inglesa não adiantariam nada: “Hola, señor! Bienvenido!!”. Não tinha UM funcionário naquela joça que falasse inglês! Achei o fim! Eu, aqui no Brasil, consegui aprender inglês sozinho no meu quarto e esse povo imigrante não pode aprender um pouquinho de inglês em um país que tem esse idioma como língua nativa?!?! Vai ser preguiçoso assim lá no inferno!! Daí eu já arrasei no meu portunhol arrasador “adonde estás lo talco para los piés?”; “quiero lo cortador del unhas” hahaha

Também comprei um despertador. Mas, quando cheguei no hotel, vi que o alarme era bem baixinho, fraco. Resolvi voltar ao Wall-Mart, dessa vez com o meu lendário cachecol-verde-limão para trocar por outro de uma marca diferente. E é neste momento que se desenrola a situação engraçada.

Depois de achar a única assistente de gerente que falava inglês, ter explicado que queria trocar o despertador e efetuado a troca, eu saio do mercado e caminho em direção ao telefone público pra ligar para o shuttle do hotel vir me buscar. No caminho, sou interceptado por um cara falando comigo em inglês (finalmente achei alguém nos USA que falava inglês!). Ele me diz pra eu fazer uma doação pra cruz vermelha! Pensei comigo “Ok, sem problemas”.

Daí o cara me pede pra seguí-lo, penso comigo “acho que ele vai me levar até a urna pra eu depositar o dinheiro”. Eis que, em cerca de três segundos, me encontro sentado, dentro do furgão da cruz vermelha, respondendo perguntas sobre meus hábitos alimentares nos últimos dias. A tal doação era de sangue, acho que para os soldados americanos em guerra.

O cara deve ir até esses lugares aonde não se fala inglês direito e meio que pega um monte de gente com um monte de frases de duplo sentido e outros truques. Me senti enganado! Mas, como o boy tinha me deixado usar o telefone celular dele pra ligar pro hotel, me senti meio desconfortável em me negar a doar sangue logo de cara. Não que eu não faria isso, mas, eu ia começar a trabalhar num emprego novo no dia seguinte, longe de casa, num país estranho, com uma rotina totalmente nova que eu nunca havia experimentado até então, comendo uma comida completamente diferente da que comia. Não poderia adicionar mais uma coisa nesta lista, como ficar desidratado, doente, com febre ou outra conseqüência qualquer que pudesse acontecer. Imagina se eu desmaio e falo pro meu chefe “é que eu doei sangue essa semana”. Ele não ia engulir!

Então, cercado de umas três pessoas que estavam salivando pelo meu sangue (toda uma linha Crepúsculo), quando me foi perguntado se eu tinha tido alguma gripe, falei que tava com a garganta inflamada e que por isso eu estava usando um cachecol (luxuoso e afrontérrimo!). Neste momento eu me lembrei das minhas aulas de inglês básico na faculdade... Porque aprendi a falar “garganta inflamada” ou “sore throat” em inglês, lá – durante um capítulo do livro dedicado somente à doenças e enfermidades. E, enquanto aprendíamos sobre essas doenças doidas, eu pensava comigo mesmo “nossa, que perda de tempo, em que situação prática eu vou usar essas palavras na minha vida?”. Bom, tive que calar a boca porque saber isso me livrou de um problema.

Depois disso, a enfermeira disse que eu não era elegível porque a tão famigerada “sore throat” poderia ser uma indicação de que meu sangue poderia estar inflamado. Falei “ah, que pena... maybe next time, ok? Bye then…” E saí no maior carão direto para o shutter bus do hotel, com meu despertador novinho debaixo do braço e com todo o meu sangue dentro de mim. Hahaha

Acho estranho ter todas estas regras de vacinação pra entrar em território americano e, ao mesmo tempo, os hospitais pegarem qualquer pessoa na rua pra doar sangue sem maiores problemas e explicações. Afinal, eu falei pra eles que era estrangeiro, que tinha acabado de chegar nos USA e eles nem se importaram em saber como era a vida na minha terra natal, se eu estava exposto a algum tipo de doença ou algo do tipo. “Hello, Centro de Controle de Infestações e Doenças chamaaaandoooo”.


That's all...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Primeiro post...

Olá.

Primeiramente, um muito boa noite para você, leitor. Deixe-me apresentar, meu nome é Diego e sou produtor de música eletrônica, designer gráfico, fotógrafo e videomaker. Tenho muitas histórias guardadas por aqui, mas poucas as quais eu possa dividir com o público em geral. Este é o meu primeiro post neste meu novo blog. O layout ainda está uma negação, mas, assim que tiver paciência, já irei repaginar tudo por aqui.

O motivo de iniciar este blog foi porque eu entrei neste site aqui: http://web.archive.org/ - é um site que tem um registro de todos os outros sites do mundo até hoje publicados; centenas de bilhões de sites. Você digita o site do UOL, por exemplo, e pode-se ver como que ele era no ano de 1998. Só que o mais bacana disso é que eu digitei o endereço dos três blogs antigos que eu costumava ter – os quais foram todos deletados e, simplesmente, apareceu o registro de todos eles neste arquivo. Consegui recuperar todos os textos que escrevi entre os anos de 2003 e 2006.

Achei inacreditável, totalmente surreal você recuperar coisas que, por vontade própria, foram apagadas e que, sem sombra de dúvidas, era certo de que o material estava perdido pra sempre e nunca mais seria recuperado. Me senti quase como Anne Frank saindo viva do campo de concentração e recuperando seu tão precioso diário.

Adorei essa “volta ao passado” que me fez lembrar, aos mínimos detalhes, de como era o meu cotidiano há 7 anos atrás, o que eu pensava, o que falava, como enxergava a mim e as outras pessoas, enfim, qual era a minha visão de mundo e, após ler várias passagens de meus relatos, posso dizer sem sombra de dúvida: “puta que pariu, que bosta!”.

Nossa, como eu era egocêntrico! O que tem de interessante em falar “hoje eu acordei e tomei café, assisti televisão, fui almoçar com Fulano, depois fui na casa de Ciclano”? Também percebi que eu me fazia muito de vítima, apesar de raramente culpar alguém por determinada ação. Apesar de ter rido bastante com alguns dos meus posts e ter gostado de outros, parecia que eu tava lendo o blog de uma outra pessoa. Tudo bem que eu era adolescente na época, e, devido às circustâncias grandes e trágicas demais para o meu controle e entendimento, o meu blog tinha uma carga dramática em demasia, mas gente: eu tava quase beirando o “miguxês” na minha escrita. Eu acho que, subconcientemente, eu fui o precursor do estilo emo. E isso não é uma coisa positiva.

Por causa disso, resolvi voltar ao mundo dos blogs com posts menos centrados no meu cotidiano e até mesmo na minha própria vida pessoal e falar mais sobre coisas que me chamam a atenção, que me afetam ou que me deixam de afetar. É óbvio que, até mesmo por ser o MEU blog aonde EU falo coisas que afetam a MINHA vida, ele terá um nível moderado de egocentrismo (afinal, qual blog pessoal não teria?), porém, não deixarei que isso tome controle total dos meus textos.

That’s all...