quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sophie Lancaster

Navegando no site de uma de minhas bandas de música eletrônica favorita, o Portishead, acabei encontrando essa pequena animação a qual eles doaram uma de suas músicas para a trilha sonora. Curioso, foi ver do que se tratava.

A animação tem um pouco menos de 3 minutos de duração e a música que doi doada era simplesmente "Roads" - que é nada menos do que uma das minhas músicas favoritas - não só do Portishead como de todos os tempos! Só isso já seria o suficiente pra eu ficar todo cagado e em prantos!

O projeto, intitulado "Dark Angel" é sobre a história real de Sophie Lancaster - uma menina inglesa que foi espancada até a morte, há três anos atrás, por um grupo de rapazes simplesmente pelas roupas góticas que usava.

Um absurdo! E também uma prova de que preconceitos bobos e idiotas não só fazem parte da cultura de terceiro mundo. A animação simplesmente é linda!! Chorei litros!! Linda demais e ainda por cima, ao som de uma de minhas músicas favoritas! Imperdível!!!!!

O vídeo foi lançado no finalzinho do ano passado na MTV e na internet - no dia do aniversário de Sophie. A fundação, em homenagem à Sophie, espera alcançar um milhão de acessos, não só pra prestar esse tributo a ela mas também para espalhar essa mensagem de tolerância, igualdade e respeito com as diferenças na maneira como cada um de nós nos expressamos, agimos e pensamos!

Então, por isso, sinto-me mais do que na obrigação de ajudar a espalhar essa mensagem. Com tanta coisa que não presta no youtube tendo milhões e milhões de acessos, acho que esse vídeo merece ser visto pelo maior número de pessoas possível. Até o momento, ele foi acessado 140 mil vezes. Vamos ver se podemos mudar isso.

Ohh, can't anybody see
We've got a war to fight...

- Portishead, "Roads".

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nina, I love you!!

Pra quem não sabe, eu batizei o meu iPod de Nina – em homenagem à grande cantora de jazz Nina Simone; que eu amooo de paixão! A Nina é a minha companheira nos meus intermináveis vôos com horas de duração; em escalas doidas em aeroportos; em viagens de ônibus, metrô e caminhadas. Enfim, aonde eu estou, Nina está comigo.

Quando eu comprei a Nina, durante o tempo que eu trabalhava no navio, eu estava sem computador e, por conta disso, não conseguia colocar nenhuma música nela até eu por as mãos em um computador com iTunes de um colega de trabalho meu. Ou seja, no primeiro dia que tive Nina, eu só pude jogar os joguinhos que vinham na memória. Um quiz de perguntas e respostas no estilo de “Show do Milhão” sobre música e tinha também paciência.

As perguntas do quiz eram muito sem noção! Do tipo, “quando se compra um piano, qual o número de vezes que ele precisa ser afinado no primeiro ano?”. Eu achei uma chatice... paciência, então, nem tenho paciência!!! E essa foi a última vez que acessei esses jogos.

Quase um ano e mais de 70 Gigas de música depois; eu resolvi acessar estes jogos hoje, porque estava entediado e sem nada pra fazer! Quando começou o quiz, tinha perguntas do tipo “quem fez essa música que está tocando?” ou “de que artista é esta capa de álbum?”. Eram perguntas sobre as MINHAS músicas!!!!! Da minha lista!!!!! Fiquei muito passadoooooo!! Treeeeeegeeeeee!! Quase morri do coração!! Porque, diferente da outra vez que eu joguei, eram sobre as coisas que eu entendia, ou não! Pois Nina é muito esperta e incluiu álbuns de música eletrônica abstrata que eu nem cheguei a ouvir direito ainda! E fazia perguntas “de que ano é essa música??” Várias pegadinhas!! E, sem contar, que eu ainda me deparei comigo mesmo e uma de minhas músicas em uma das perguntas! Pela primeira vez, consegui chegar até o fim do jogo.

E, pra fechar com chave de ouro. Eu finalmente consegui terminar um jogo de paciência!!! Depois de décadas tentando jogar esse maldito jogo! Eu estou passado!!! Hoje é um dia histórico!! E devo tudo isso à Nina! Que sempre me proporciona momentos tão agradáveis! E, agora, além de escutar música e ver vídeos, estou viciado nesses jogos!!!! Por isso, Nina, I fucking love you!!!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Teen Cribs

Eu sou uma pessoa totalmente desprovida de inveja. Me considero uma pessoa criativa, sou cercado por ótimos amigos e sei muito bem o que quero pra minha vida: o rumo que ela tem que tomar, meus principais objetivos e o que eu quero conquistar. Muito em breve começarei a trabalhar em um ótimo emprego (uma longa história para um próximo post); ganhando um ótimo salário e também não sinto nada mais do que alegria e felicidade pelas conquistas tanto pessoais e profissionais dos meus amigos.

Porém, ao assistir ao programa “Teen Cribs” na MTV, esse sentimento chamado inveja começou a se aflorar em minha pessoa. Pra quem não sabe, esse programa é inspirado no “Cribs” que, por sua vez, é um show que mostra as mansões de artistas e celebridades. Mas, no “Teen Cribs” essas celebridades são substituídas por pré-adolescentes e adolescentes – aparentemente com uma vida normal; filhos de arquitetos, advogados ou empresários bem-sucedidos.

Quando eu assistia ao “Cribs”, pagava um pau pras casas das celebridades. Porém, eu também pensava comigo: “nossa, essas pessoas têm uma casa linda, mas, com tantos compromissos e turnês, nem deve dar tempo de aproveitar muito” ou “eles devem sair pra ir pra piscina e já deve ter um paparazzi pendurado na árvore pra tirar fotos comprometedoras” ou ainda “putz, esse cara teve uma vida super difícil quando era criança, morava no mesmo quarto que seus 7 irmãos, sofreu muito na vida! Ele merece uma casa dessas”. Ou seja, havia um certo equilíbrio cósmico que me impedia de sentir inveja por essas pessoas.

Mas com o “Teen Cribs”, esse equilíbrio foi totalmente abalado! Porque esses adolescentes não são celebridades! Não são pessoas conhecidas no mundo pop! São pessoas que vivem uma vida normal, sem maiores preocupações, em casas dignas de botar qualquer casa de celebridade no chinelo. E não é só o tamanho ou o conforto do lugar que dão inveja; e sim, que essas casas têm coisas super extravagantes dignas de ter nas casas de qualquer artista famoso: eu to falando de SPAs, bares, quadras de tênis, piscinas gigantes, lagos artificiais lindos, closets do tamanho de um apartamento, restaurantes particulares em estilo vintage dos anos 50, armários com fundo falso para quartos secretos, salas de cinema com poltronas reclináveis.

Gente! Eu vi um programa com uma menina que tinha o seu próprio teatro particular pra fazer peças de brincadeira com as suas amigas! Mas, assim, um teatro mesmo!! Com palco, cortina, poltronas pra platéia e até camarim com figurinos de princesas. Vocês estão entendendo o nível de piração da coisa?? Quando eu era pequeno, eu SEMPRE quis ter um teatro só pra mim! Até ficava imaginando como seria. Iríamos comprar o terreno ao lado, construir o teatro e colocar uma porta ligando ele com o corredor da minha casa. E o teatro que eu tinha em mente era bem menor e bem mais simples do que o da menina.

E, como eu disse, são pessoas normais! Que têm uma vida normal! Mas uma vida com muito dinheiro e com uma casa afrontosíssima digna de qualquer mega celebridade! E o pior: eles já nasceram com tudo isso dado de bandeja! Como não sentir uma pontada de inveja desses adolescentes??! Hein? Hein?!!

#muitamágoa!

sábado, 3 de abril de 2010

Parte 2

Escrever a história do post anterior, acabou me deixando um pouco saudosista e nostálgico! Acabei me lembrando de uma outra história hilária que aconteceu mais ou menos na mesma época e também se passou em uma festa de aniversário.

Um amigo chamado Rafael convidou o ficante dele, meu primo e a mim para a festa de aniversário de uma amiga dele da faculdade. Detalhe que essa amiga dele era riquíssima e a festa aconteceria em um buffet aqui em São Paulo.

Chegamos na festa e, ao contrário da nossa aventura em Jandira, esta superou nossas expectativas. Doces e outras guloseimas dos mais variados tipos estavam espalhados por todo o recinto. Além disso, tinha uma cama no meio da pista de dança! Achei close!

Outro detalhe é que nós éramos os únicos desconhecidos da festa. Óbviamente, por se tratar de uma festa aonde quase todos os convidados eram amigos ou parentes da menina, todo mundo já estava enturmado. Porém, a aniversariante foi uma fofa com a gente, super simpática; e foi por insistência dela que o Rafael nos chamou, no melhor estilo “trás os seus amigos bibinhas pra minha festa, hein, gato!?”

Mais um detalhe é que a gente era meio que apresentado assim: “esses são os amigos gays do Rafa!”. Em cinco minutos todos os convidados já nos conheciam como o “grupinho gay” da festa.

Depois de um tempo, chegou no buffet um outro grupinho de gays acompanhados com amigas descoladas. Como o primeiro extinto das gays é fazer carão quando vê um outro grupo de viados no mesmo lugar, isso foi exatamente o que aconteceu. Os dois grupos de gays arrasando no carão!

Em um certo momento, meu primo, eu, Rafael e o ficante dele fomos pro banheiro se olhar no espelho! Três segundos depois, os outros gays invadem o banheiro e já entram falando “Nhaaaain, kiereeelhoo?!?! Quem são as senhoraaas??!?!? Arrasaram no modelão! Que baladas vocês freqüentam?!?!”. Não só as bibas entraram, como também as amigas descoladas – detalhe que não era um banheiro unisex a lá Ally Macbeal! Era o banheiro masculino!

E como racha descolada não pode ver biba que já sai batendo as asinhas, elas começam a falar pra gente: “ainnnn.. eu amooooo os gaaaaaaysss!!! Vou toda a semana pra The Week!!!”. Detalhe que eu não abri a minha boca direito! Tava super blazé, mais entretido em olhar pro espelho. Neste momento, como que se não fosse o suficiente, entra um hétero bombadinho amigo das bibas que, além de ter sido assediado por elas, ainda mija no mictório tranqüilamente, como se nada tivesse acontecendo em sua volta.

Neste ponto, já haviam umas 30 pessoas dentro do banheiro masculino! Quase uma sub-festa underground ilegal paralela rolando! E aí que entra um dos managers do buffet, depois de reclamações sobre o barulho no banheiro, e expulsa todos de lá! Mas assim, de um jeito grosso mesmo, sabe? “SAIAM DAÍ! VAMOS! CIRCULANDO! CIRCULANDO!”. Sim, gatas! Eu já fui expulso de um banheiro de buffet em uma festa de aniversário!

Foi uó! Depois dessa, cada grupo de gays foi para um lado da festa. Foi aí que o DJ me resolve soltar uma maratona de hinos gays, começando com YMCA, passando por Macho Man até It’s Raining Men – quando tocou esta última, meu primo e o ficante do meu amigo simplesmente abriram a pista e as duas dublaram a música em uma espécie de pocket show de drag-queen. Todo mundo parou de dançar pra olhar a performance! Eu preferi ficar deitado na cama, em choque, vendo esse babado. A festa literalmente parou!

Como já tínhamos causado o suficiente pra uma noite, resolvemos ir embora antes que entrássemos em combustão espontânea. Não ficamos amigos de ninguém daquela festa, porém, no final da noite, todo mundo sabia quem a gente era. Se isso é uma coisa boa ou ruim, eu já não sei.

Porém, fale bem, fale mal, mas fale de mim! ;)